Sentir dor, de forma geral, não é normal. A dor é um indicativo de que algo está errado e que merece atenção. O mesmo acontece com a dor durante a relação sexual, porém, muitas mulheres, apesar de bastante incomodadas, ignoram esse sintoma por acharem que o problema está no formato da vagina ou até mesmo por vergonha de levar essa queixa a um profissional.
A OMS reconhece a sexualidade como um dos pilares da qualidade de vida por se tratar de um aspecto que acompanha toda a vida do ser humano. Se inicia na infância, é construída na adolescência e se manifesta na vida adulta.
Dificuldades no que diz respeito à própria sexualidade ou que impeçam uma vida sexual plena afetam a autoestima, enfraquecem as bases da intimidade e podem, inclusive, diminuir a produtividade no trabalho e afetar as relações interpessoais.
Apesar de ser uma queixa extremamente comum, alguns estudos mostram que em média 50% das mulheres sente algum desconforto no intercurso da relação sexual, pouco se fala sobre isso. O que faz com que as pacientes fiquem sem o tratamento adequado. O nome dessa condição é DISPAREUNIA e ela gera um enorme impacto negativo na qualidade de vida e tem grande influência nos relacionamentos.
A dispareunia pode ser causada por fatores orgânicos, psicológicos, físicos ou uma combinação desses fatores. A fisioterapia é de grande importância no tratamento dessa disfunção, uma vez que detém de recursos físicos e manuais para o alivio e/ou a cura da mesma. O fisioterapeuta especialista na área tem habilidade e competência para tratar, prevenir, orientar e proporcionar, através dos recursos fisioterapêuticos, propriocepção
e conhecimento tanto da região pélvica quanto do corpo da mulher, melhorando a
qualidade de vida sexual da mesma.