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Agosto Dourado

Assim como existe o outubro rosa (mês da prevenção do câncer de mama) e o novembro azul (mês da prevenção do câncer de próstata), desde o ano de 2017 o mês de agosto entrou no calendário como o mês dourado; mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

O dourado faz alusão à definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o leite materno: alimento de ouro para a saúde dos bebês. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, ele sacia a fome e impulsiona o viver. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. Assim é o leite materno: a base da vida. A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até o 6 meses e complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais.

Um dos grandes medos das gestantes é a amamentação. Medo de não conseguir amamentar, medo de sentir dor, medo do bebê não ganhar peso adequadamente, medo de não produzir a quantidade de leite suficiente… Enfim! São inúmeros os medos, receios e inseguranças que fazem parte desse momento.

Uma das melhores formas de amenizar esses sentimentos é a informação. Quanto mais informada a mulher estiver, mais ela vai se sentir segura em relação à pega correta, às formas de posicionar o bebê e às maneiras que existem de tornar esse período mais tranquilo, calmo e prazeroso para ela e para o bebê.

Apesar de ser um ato natural, amamentar é uma ação que deve ser aprendida. Durante o processo surgem vários questionamentos. Muitos são os obstáculos que a mãe pode enfrentar durante a jornada, e é necessária paciência e força de vontade para vencê-los. Entre as dificuldades: falta de conhecimento e conscientização da população e dos profissionais da saúde; culturas, crenças e mitos; condutas inapropriadas e pouca qualificação dos profissionais.

Vamos citar aqui alguns mitos e verdades que acabam por atrapalhar no processo e interferem diretamente na díade mãe-bebê.

Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe irá produzir.

Verdade. O estímulo é essencial para a produção de leite materno. Quando o bebê começa a sugar, emite uma espécie de mensagem para o cérebro da mãe, que libera os hormônios responsáveis pela produção e condução do leite. O estímulo é tão importante que mesmo ordenhas manuais ou com bombas também ajudam na produção de mais leite.

O bebê deve mamar em intervalos regulares de horas. De hora em hora ou cada duas ou três horas.

Mito. Não há uma regra, e a periodicidade varia conforme o bebê; assim como há bebês que não têm uma periodicidade estabelecida. A principal orientação é que a mãe ofereça o leite em “livre demanda”, ou seja, toda vez em que o bebê sentir fome. Algumas crianças, com o passar das semanas, vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a amamentação caso o bebê prefira mamar em um intervalo maior ou menor de tempo. Isso pode, inclusive, influenciar na produção de leite, causando uma redução.

Há mães produzem um leite mais fraco.

Mito. Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê. Nem nos casos de mães subnutridas o leite é considerado fraco. Então, se o bebê mama regularmente e o bebê está hidratado e ganhando peso, a mãe pode ficar tranquila. O que acontece é uma confusão, já que o leite materno é menos encorpado e mais claro que o leite de vaca, mas isso não quer dizer que ele não seja rico em nutrientes.

Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento.

Verdade. As chupetas e mamadeiras interferem no aleitamento pela diferença na força de sucção e no posicionamento da língua do bebê. Dessa forma, aumentam o risco de desmame, principalmente se oferecidos precocemente. Além disso, pode ocorrer de o bebê rejeitar o seio materno por ter se acostumado a outro bico, fazendo o que nós chamamos de “confusão de bico”; o que gera uma redução na produção de leite, com consequente desmame.

As fórmulas atuais são quase como o leite materno.

Mito. Leite materno é singular. O colostro que sai na primeira mamada pode ser considerado a primeira vacina do bebê. A fórmula atual tem suas qualidades, mas é feita com leite de vaca, que não traz os benefícios do leite materno, como o aumento da imunidade.

Estresse e ansiedade prejudicam a produção de leite.

Verdade. Quando qualquer indivíduo é exposto a uma situação de estresse, ocorre a liberação de adrenalina no organismo. Na mulher que está amamentando, há grande quantidade de prolactina (hormônio responsável pela produção de leite) circulante. Quando a adrenalina está em alta, a prolactina fica em baixa, e vice-versa. No entanto, essa “diminuição” momentânea causada pelo estresse é reversível. Ou seja, a produção de leite é regularizada quando a mulher fica tranquila.

Para ter uma amamentação tranquila e saudável é preciso calma, paciência e tranquilidade. Cerque-se de uma boa rede de apoio! Procure ajuda e orientação de um profissional bem qualificado.

Não saber como fazer ou não conseguir não são um problema; a mãe que por qualquer motivo não consegue amamentar não é menos mãe e não deixa de dar amor ao seu filho, mas é muito importante nesse momento a mãe e o bebê estejam tranquilos.

Corpus oferece o serviço de consultoria de amamentação e preparação para esse momento tão especial. Entre em contato conosco pelo telefone (61) 3041-8778 ou agende sua consulta.

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